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Publicidade na Era da Disrupção

Publicidade na Era da Disrupção

Por Vera Rocha, Presidente do Sinapro-Bahia

A publicidade se transforma, hoje, numa velocidade exponencial. Sua primeira mudança foi a chegada do computador. As agências deixaram as máquinas de escrever, os layouts compostos à mão, a montagem das artes-finais no estúdio, para fazer tudo isso no computador. Concordo com o Roberto Duailibi, que disse: “A principal revolução da publicidade moderna foi a chegada do computador”.

A segunda revolução, a Internet, transformou em diálogo a comunicação entre as marcas e o público. Com o poder de postar, o consumidor tornou-se mídia e gerador de conteúdo. As mudanças continuaram na Internet das Coisas, algorítimos, inteligência artificial. As transformações também estão nas agências e clientes. Uma coisa não mudou: a função primária da Agência e da Propaganda, que é vender produto, serviço ou imagem da marca. Continua valendo a máxima: quer vender? Anuncie!

Os clientes continuam necessitando de Planejamento Estratégico, construído pelos times multidisciplinares das agências de publicidade, capazes de entregar a estratégia e a boa ideia, aquelas que vão permitir a melhor performance.

O Planejamento Estratégico vai propor uma convergência de mídia, combinando a atuação nos meios on, off e do live marketing. .Isso significa “ver a publicidade sem a moldura do tempo, dos formatos”, com diz Glaucio Binder, presidente da Fenapro – Federação Nacional das Agências de Propaganda. Mas existe algo que nunca vai mudar na publicidade. A ética. Nesse momento de distorções da verdade é fundamental preservar a ética na relação das agências com clientes e consumidores.

O Cannes Lions Road Show, promovido pela Fenapro/Sinapro, nos mostrou isso. Gosto de acreditar que os cases vencedores apresentados com a defesa da diversidade de gênero, raça, relações homoafetivas, direitos das pessoas portadoras de deficiência, defesa do meio-ambiente, representam o compromisso das marcas com a ética e mudanças sociais.

Marcas como a Volvo, Nike, Ikea e Carrefour assinaram esses cases premiados, quebrando o paradigma de que marcas não se posicionam. O Grand Prix da Categoria Entertainment for Music foi conquistado pelo cantor Baco Exú do Blues, um manifesto antiracismo. O anunciante é um rapper baiano, negro, de 21 anos.

Voltando ao desempenho das marcas. É preciso não se deixar seduzir por mitos ou soluções mágicas. Ficou mais complexo falar com o público certo e não há canal único que vá fazer o milagre de vender o produto e a marca de forma contínua. É preciso buscar, junto à sua agência, soluções inovadoras, disruptivas e que possam trazer vendas e ganhos institucionais para o negócio.

Vera Rocha, Presidente do Sindicato das Agências de Propaganda do Estado da Bahia (Sinapro-Bahia) e CEO da Rocha Comunicação.