TV aberta e paga conectam 99% dos brasileiros
Com a chegada de novas tecnologias, é comum pensar que as “atuais” ou “antigas” perderão espaço e até desaparecerão. Entretanto, a TV mantém sua relevância como meio de comunicação de massa, mesmo com a internet e o streaming. Isso acontece porque o meio passou por transformações, adaptou-se, mantendo-se relevante nos lares brasileiros. De acordo com o estudo Inside Video 2024, da Kantar Ibope Media, a TV linear, que corresponde às redes de TV aberta e por assinatura, permanece como um dos principais meios de comunicação no Brasil, alcançando 99,2% da população.
Ainda de acordo com os dados, o tempo médio de consumo diário é de 5 horas e 14 minutos. O público não só assiste, mas participa ativamente. 33% dos brasileiros costumam comentar nas redes sociais sobre os programas que estão assistindo, demonstrando a interação entre os meios. Segundo Juliana Montenegro, Head de Planejamento e Mídia da Leiaute Propaganda, que apresenta o Workshop de Mídia 360 em parceria com o Sinapro-Bahia, a TV aberta hoje funciona muito bem integrada a outras plataformas. “Ela gera conversas nas redes sociais, amplifica o impacto online, e continua sendo um ponto central de qualquer estratégia multiplataforma bem-sucedida”, afirma.
Apesar do crescimento das diversas plataformas de mídia, a TV ainda se mantém como um veículo de grande relevância. 54% dos brasileiros afirmam achar as propagandas televisivas interessantes e as consideram um ponto de partida para conversas e discussões. Quando falamos em investimentos publicitários, no primeiro semestre de 2024, a televisão aberta seguiu liderando. Conforme painel do Cenp Meios, a mídia teve um faturamento de R$ 1,937 bilhão, que representa um total de 39,5% do total de aportes na publicidade. Já a TV por assinatura, teve share de 5,2%, com movimentação de R$ 555 milhões. no mesmo período.
Para Juliana Montenegro, a TV aberta no Brasil ainda é um dos pilares fundamentais em qualquer plano de mídia que vise um alcance massivo e diversificado. Ela ressalta ainda que, em um país de proporções continentais, a TV se destaca por sua capacidade de cobrir áreas onde o acesso à internet ainda é limitado, garantindo que as marcas possam chegar tanto aos grandes centros urbanos quanto às regiões mais remotas.
A questão da regionalização é um ponto importante, pois é onde as emissoras locais conseguem adaptar o conteúdo para refletir a realidade de cada área, gerando um nível de engajamento muito maior. Montenegro ainda destaca a questão da confiança que a população deposita na TV aberta, principalmente em tempos de proliferação de fake news, onde a se mantém como uma fonte confiável de informação, o que dá às marcas que anunciam neste meio uma credibilidade enorme.
“E quando falamos de impacto, nada supera a capacidade de a TV reunir grandes audiências em horários de pico, como os intervalos das novelas ou dos programas jornalísticos. Isso, aliado à frequência das inserções, garante uma força inigualável de repetição de mensagem”, diz a profissional.