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Privacidade e Marketing Digital: um conflito entre o “eu” e o meu trabalho

Privacidade e Marketing Digital: um conflito entre o “eu” e o meu trabalho

Dados superaram o petróleo e são os recursos mais valiosos da terra, por isso empresas como Google, Facebook e Amazon, atualmente, estão entre as mais valiosas do mundo.

O Facebook como empresa precisa ganhar dinheiro, se ela não cobra do usuário é porque nós somos o produto e sabemos que ganha dinheiro através de publicidade direcionada de forma hiper segmentada.

No documentário Privacidade Hackeada (Netflix), um trecho me chamou atenção: “começou com um sonho de mundo conectado, um lugar onde todos poderiam compartilhar suas experiências e se sentirem menos sozinhos. Logo se tornou nosso cupido (Tinder), verificador de fatos (Wikipedia), álbum de recordações (IG) e nossa terapeuta. Estamos tão apaixonados por esse universo que a gente não lê os termos.” E continua: “funciona como um bumerangue: você envia dados, eles são analisados e volta para você como uma mensagem direcionada para moldar seu comportamento. E o santo graal da comunicação é quando você consegue alterar comportamento”.

O documentário mostra o caso das eleições americanas e outras, onde a empresa Cambridge Analytica atuou analisando dados, definindo perfis psicológicos e direcionando mensagens para pessoas com tendências à mudança de comportamento, e deixa uma crítica forte sobre a democracia em tempos modernos, pois com tudo isso acontecendo fica difícil imaginar “eleições justas”.

Não temos como fugir do novo mundo. Podemos discutir leis, regulamentações, proteção aos dados, mas não ser rastreado de alguma forma é uma missão praticamente impossível. Quem aqui ao acordar já vai checar o Whatsapp ou o Instagram? Quantas pesquisas no Google ou YouTube são feitas? Quantos apps utiliza? Usa cartão de crédito? As formas de deixar rastros estão em todos os lugares.

E pergunto: eu posso ser manipulado? Você pode? Dados precisam ser Direitos Humanos? Eu trabalho com Mídia Online, que precisa dos dados para ser mais assertiva. Veja o Facebook Ads, por exemplo, onde nós podemos segmentar por diversos tipos de dados e somar isso a comportamentos, interesses. São tantas possibilidades, que é possível criar um anúncio muito personalizado ao público que queremos atingir.

Quanto mais dados essas empresas possuem, mais assertivo eu consigo ser no meu trabalho e consequentemente gerar mais resultados. Porém, eu sou pessoa física, e ter os dados que podem ser manipulados também. Qual lado escolher? Acredito que a segurança dos nossos dados devem ser a prioridade para um futuro melhor, e para isso, nós profissionais de marketing digital precisamos nos adaptar às novas regras. Sites pedem autorização para capturar dados dos usuários? Precisamos nos adaptar. Facebook não nos dá mais informações financeiras? Buscamos novas formas de chegar no target.

Como diria Alvin Toffler: Os analfabetos do século XXI não são aqueles que não sabem ler e escrever, mas sim aqueles que não conseguem aprender, desaprender e reaprender.

Fellipe Maia – Gerente de Mídia Digital na Planet Smart City, líder global em cidades inteligentes e inclusivas com atuação no Brasil, Índia, EUA e Europa.