Otimismo das agências publicitárias cai no segundo trimestre de 2019
Apenas 45,7% dos representantes das agências publicitárias da Região Nordeste consideraram o segundo trimestre de 2019 melhor. A previsão era de 69%. Já o percentual dos que acharam o período pior aumentou, foi de 26,2% em relação à previsão que era de 11%. Os dados são da pesquisa VAN Pro (Visão de Ambiente de Negócios em Agências de Propaganda), realizada pela Federação Nacional das Agências de Propaganda (Fenapro), em parceria com o Sindicato das Agências de Propaganda do Estado da Bahia (Sinapro-Bahia).
O levantamento foi feito no início do 3° trimestre de 2019 e reflete a opinião de 194 agências de todas as regiões do Brasil no 2° trimestre deste ano, além das perspectivas para o próximo trimestre e para o ano de 2019 como um todo. Vale ressaltar que a pesquisa não refletiu a aprovação da Reforma da Previdência, já que a maioria das respostas ocorreu antes da votação.
Para Glaucio Binder, presidente da Fenapro, a votação da Reforma da Previdência só deverá mudar o humor do mercado mesmo quando aconttecerem as medidas que destravarão a economia. “Assim como os demais setores da economia, as agências de propaganda ainda esperam movimentações macroeconômicas mais contundentes e mais efetivas para a melhora do mercado”, ressalta Binder.
Apesar da frustração com relação à performance no segundo trimestre do ano, se forem somados os índices dos que preveem um trimestre melhor ou igual, o resultado será praticamente igual ao do trimestre anterior (82,8% agora / 83% no trimestre passado). De qualquer maneira, com exceção do Centro-Oeste, todas as regiões apresentaram queda de otimismo no curto prazo.
As regiões Norte e Nordeste estão entre as mais otimistas (com 66,7 e 56,4% de otimistas, respectivamente). A região Sudeste foi das que apresentaram melhor performance no segundo trimestre, contrastando com a região Sul, que mostrou o mais baixo índice de performance e de otimismo com o período futuro. Entre os estados, o mais otimista com 2019 é o Mato Grosso (75%) e os menos, Rio de Janeiro e Paraná (33,3%). São Paulo ficou um pouco acima da média Brasil, com 51,2% de otimistas, contra 49,1% do consolidado Brasil.