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Newsletters retornam à preferência do leitor e ganham modelo de negócio monetizado por assinatura

Newsletters retornam à preferência do leitor e ganham modelo de negócio monetizado por assinatura

As newsletters têm se tornado uma alternativa viável e rentável para o chamado novo jornalismo.  Em um contexto em que tem crescido o número de jornalistas e escritores independentes e desvinculados aos veículos tradicionais, o formato de boletins informativos disparados via e-mail voltou a ser uma das preferências do público. O boom da vez foi motivado pela Substack, startup norte-americana fundada em 2017 por Chris Best e Hamish McKenzie com o objetivo de dar “um futuro melhor ao noticiário”.

Tradicionalmente, o sistema de newsletters cobram de acordo com o número de assinantes e/ou quantidade de disparos. O modelo da Substack é diferente e subverte essa lógica: o serviço é totalmente gratuito e sem limitações até que o dono da newsletter passe a cobrar por ela, momento em que a startup passa a incorporar uma comissão das assinaturas dos leitores. Em outras palavras, os jornalistas podem hospedar newsletters pagas ou gratuitas dentro da plataforma, sem pagar nenhuma taxa. Por sua vez, a empresa gera receita pegando 10% do que cada criador ganha com suas assinaturas pagas. É um novo negócio para uma velha mídia,  com uma tecnologia simples e barata — custa uma fração de centavo enviar um e-mail. Hoje, são mais de 500 mil newsletters pagas na Substack.

Atentos ao movimento, as big techs já se movimentaram para competir no mercado das newsletter. O Facebook lançou a Bulletin, uma plataforma autónoma para artigos e podcasts gratuitos e pagos em 2021, enquanto o o Twitter comprou a Revue, uma startup com o mesmo modelo de negócio da Substack.

A aposta na newsletter é a relação direta entre escritor e leitor, mediada por uma tecnologia estável e confiável, que é o e-mail. Além disso, você recebe os conteúdos daqueles jornalistas que de fato você tem interesse em acompanhar o trabalho. Uma escolha personalizada e assertiva de conteúdo em meio ao excesso de informação que temos que filtrar no dia a dia.

A novidade criou um fluxo migratório de jornalistas e colunistas da mídia tradicional, que estão abandonando as grandes redações para se aventurarem no modelo de envio de e-mails por assinatura. Para muitos jovens repórteres essa é uma tendência emergente de se inserir no mercado, desenvolvendo uma voz pessoal e estilo próprio de escrita. É também o espaço para consagrados nomes do Jornalismo falarem diretamente com seu público cativo. Outra vantagem é que o escritor é dono dos seus dados. Não é do Google nem do Facebook. O redator sabe quem são seus leitores, tem seus endereços de e-mail e pode falar diretamente com eles sem um intermediário.

Seria o retorno da newsletter mais um momento de quebra de paradigma na indústria da notícia? Essa é a pergunta que os estudiosos estão buscando responder ao acompanhar o novo momento da história do jornalismo.

Fonte: Nosso Meio