
CULTURA: O SISTEMA IMONOLÓGICO DA ORGANIZAÇÃO
“A cultura é o sistema imunológico da organização” (Michael Watkins, professor do IMD)
Muito se fala sobre os impactos da cultura na organização e como ela influencia na execução, estratégia etc. Mas a principal razão é essa: ser uma espécie de sistema imunológico.
Uma cultura bem definida, com valores e comportamentos claros ajudam imensamente os processos seletivos em seu elo mais fraco. Quantas pessoas não entram numa empresa e saem (ou precisam sair) por que não se encaixam naquele conjunto de comportamentos e atitudes esperadas?
Às vezes são excelentes técnicos ou têm características pessoais muito interessantes, mas simplesmente não se encaixam. Provocam incômodos grandes, às vezes estragos grandes e, fatalmente, saem da empresa. Muitas vezes, tarde demais. Você já deve ter testemunhado isso algumas vezes, não é? Ter esses parâmetros bem definidos, compartilhados, comunicados e avaliados faz com que esse sistema imunológico seja mais forte e consiga repelir os “organismos estran- hos”, de forma a proteger o sistema.
E há muitas possibilidades para fazer isso acontecer:
- Materiais de comunicação interna;
- Eventos, treinamentos e “rituais”;
- Avaliações formais e informais;
- Cobrança legitimada em todas as direções;
- Cobrança e responsabilização da liderança;
- Exemplos da liderança;
- Uso de determinados artefatos na arquitetura física dos espaços;
- Mecanismos de reconhecimento público dos exemplos;
- Implantação de determinadas práticas e processos de gestão;
- Coaching e mentoria…
Até aí tudo bem. E ler isso deve ser reconfortante, afinal, eis a solução acima!
Mas não é tudo muito bem assim… um sistema imunológico muito “ativo” pode prejudicar com o próprio organismo, tal como as doenças autoimunes e rejeições de transplantes. Nas organizações, a cultura também precisa mudar e evoluir ao longo do tempo.
Afinal, a cultura das sociedades evolui e muda, e as mudanças do contexto geral e do mercado também podem exigir mudanças no jeito de ser da organização. Como dar conta deste problema? Ou como compreender, então, quando a rigidez da cultura pode ser o começo de um problema? Tenho alguns pontos a compartilhar, mas serão objeto de um próximo artigo. Antes, eu gostaria de saber a sua opinião. Como identificar se a cultura da sua organização é muito rígida? E se for, como superar este problema?
Artigo reproduzido de blog.deltaconsulting.com
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