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474 anos de Salvador. Parabéns e Obrigado.

474 anos de Salvador. Parabéns e Obrigado.

Por Tiago Lima, Diretor do Grupo UOW – Agências associadas ao Sinapro-Bahia

Quando recebi o desafio de escrever um artigo para falar dos 474 anos de Salvador, eu confesso que achei que seria uma missão relativamente fácil. Como seria difícil escrever um texto com até 3.500 palavras em homenagem à cidade que nasci, que fui criado e que moro até hoje? Não deveria ser difícil escrever para a cidade que eu sou apaixonado, para o local que decidi constituir minha família, montar minha agência e ser feliz. Como poderia ser difícil escrever sobre meu lar, sobre o lugar que me reconheço nos amigos e familiares? 

Mas, ao escrever as primeiras linhas, eu me deparei com uma série de clichês, e me vi paralisado. A todo momento, me via parafraseando artistas e exaltando o que já havia sido exaltado. A cada linha, era um combo de repetições e de descrições de tudo que todo mundo já sabia de Salvador. Eu pensava em destacar a harmonia do sagrado com o profano; em falar do rico patrimônio arquitetônico, da riqueza cultural, do clima de paquera e agito; queria falar do misticismo e dos feitos dos seus filhos mais ilustres.
Na verdade, eu queria falar de tudo que Salvador representa e de como esta cidade mágica deveria ser exaltada, mas como ela tem tanta coisa, seria injusto esquecer de algo.

Na verdade, o texto, que era para ser um artigo leve, estava mais sem graça que um turista aplicando o “lá ele” em qualquer situação. Travei, mas não me desesperei, até porque o soteropolitano quando precisa de ajuda, ele recorre aos diferenciais da própria cidade. E foi aí que esqueci do texto, fechei o notebook, preparei uma playlist só de artista da nossa terra e fui correr na orla, que inclusive é a maior do Brasil.

Depois de 5 quilômetros, eu decidi caminhar na areia da praia e, ao voltar molhado do mar, um senhor com nome de Ademário perguntou se eu não queria uma água de coco. Eu disse que sim e ali ficamos batendo papo sobre a vida, como o mar estava vazio. O papo era sobre a terrível fase da dupla “BaxVi” e o vendedor de caldo de cana se aproximou e entrou na conversa. Após mais de uma hora de boa conversa, eu tive que me despedir, pois havia um artigo me esperando.

Play na playlist, pés limpos com a água doce que Sr. Ademário providenciou e início da corrida de volta. No caminho, eu percebi que Salvador não precisa de briefing e nem de muita explicação para mostrar como a simplicidade é o segredo da nossa felicidade.
Que a leveza dos seus moradores vem através dos detalhes que a cidade nos oferece.

Salvador é fácil e, talvez, a única dificuldade é explicar para alguém o que ela tem de tão especial, pois pode até parecer piegas, mas Salvador se sente, se vive, não se descreve. Se você quer falar de Salvador, você precisa viver todos os detalhes de nossa cidade.
Aqui é o lugar que pisamos na areia quando precisamos dar um passo em nossa vida, que olhamos o bater das ondas quando precisamos de um abraço e uma simples água de coco é o passaporte para uma grande amizade. Por toda sua simplicidade, beleza e qualidades impossíveis de descrever em 3500 caracteres, que Salvador não merece apenas parabéns pelos seus 474 anos; ela merece um MUITO OBRIGADO por toda inspiração oferecida desde 1549.