Estamos preparados para o ChatGPT?
E se você soubesse que parte do conteúdo que consome é escrito por um chatbot? Estamos acostumados a conversar com bots, mas o que vivenciamos hoje com o ChatGPT ultrapassa o que conhecemos e leva a Inteligência Artificial a um outro patamar de acessibilidade.
O ChatGPT (Generative Pre-Trained Transformer) é uma ferramenta de IA que opera através de um modelo de linguagem probabilística criado pela OpenAI e que tem tido um grande papel na popularização da IA 2.0 nos dias atuais.
A ferramenta proporciona uma experiência natural e próxima à humana, o que fez com que ela tivesse mais de um milhão de usuários em apenas 5 dias. O ChatGPT consegue, de forma simples, gerar textos a partir de um contexto e comandos fornecidos por um ser humano. Ele busca referências de conteúdos e informações em seu banco de dados para estruturar a melhor resposta ao comando que lhe foi dado e gerar conteúdos diversos a partir daí.
Gigantes como a Microsoft validaram a tecnologia e prometem que ela é o futuro para muitas coisas que usufruímos hoje, empresas como Alibaba e Amazon estão desenvolvendo seu próprio ChatGPT e o Google já está em fase beta com a sua versão, a Bard. A pergunta aqui não é se estamos preparados para conviver com esse “novo” cenário, mas sim como o faremos.
Não há como retroceder quando falamos sobre tecnologia e precisaremos aprender como a IA pode fazer parte do processo criativo e jornada de trabalho. É natural, assim como houve com a chegada da internet, que o desconforto paute nossas primeiras impressões, mas ignorar a sua existência não é uma opção inteligente.
Com potencial disruptivo e a possibilidade de ganhar tempo e velocidade nas respostas, a ferramenta tem interferência em áreas de trabalho que conhecemos hoje e com o MKT não seria diferente. Ela pode otimizar processos criativos, auxiliar na construção de campanhas e estratégias de SEO, trazendo velocidade e personalização para os negócios.
Porém, para isso, é preciso investir em estratégia por trás da entrega, seguindo um roteiro pré-estabelecido, com persona definida para o estilo de texto que queremos e objetivos e metodologia traçados para que a ferramenta possa nos entregar o melhor que tem disponível. A partir daí, podemos utilizar o nosso conhecimento para estruturar, gerir e endereçar os insumos colhidos, afinal dados soltos não são conhecimento e o capital intelectual é o diferencial para ligar esses pontos, ampliando as potencialidades da inteligência humana.
Por Rebecca Lopes Lyrio
Consultora e Especialista em Branding e Growth MKT