Do sonho das Olimpíadas ao pesadelo do vírus
O mundo sonhava com as Olimpíadas do Japão quando um vírus surgiu na China, atravessou continentes e, como um pesadelo “Se espalhou como areia fina ao vento” (*) numa velocidade alarmante e virou pandemia, abalando os habitantes de todos os cantos da Terra, como só tínhamos visto em filmes de ficção.
Veio o isolamento social, indispensável e duro, numa sociedade conectada. E como estará se dando o confinamento da população carente, que vive em domicílios precários, de espaços exíguos e condições sanitárias inadequadas?
A quarentena mudou, também, a operação das empresas. Publicitários e outras atividades passaram a trabalhar home office. Muitas escolas e faculdades particulares adotaram aulas on-line.
A política, na Bahia, uniu Prefeitura e Estado no propósito de salvar vidas. Mas há os políticos que minimizam as mortes, em parte porque elas atingem pessoas de mais de 60 anos. Mas também porque eles acham que o número de mortos não justifica o dano à economia.
Quando ainda não tínhamos o atual avanço tecnológico e científico, a humanidade viveu outras pandemias – Peste Negra (século XIV), Gripe Espanhola (1918) e Gripe Suína (2009) – e se recuperou de todas elas.
Hoje, o povo, seguindo as Normas da OMS, aliado a médicos e profissionais de saúde, salvam vidas. Passada a crise, caberá aos Governos adotarem as medidas que ajudarão as empresas e a sociedade a recomporem a Economia. Desejo que o façam entendendo que precisamos reconstruir o mundo de uma forma mais humana e solidária.
Vera Rocha Dauster
Presidente
Sinapro-Bahia